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Crítica | O Deus do Cinema

Foto do escritor: Caique HenryCaique Henry

Atualizado: 14 de fev. de 2024



No meu texto sobre "Os Fabelmans", destaco a inegável conexão que temos com a arte, pois somos feitos para ela. Desde muito cedo, antes mesmo de compreendermos completamente o que a arte representa, já a fazemos e vivemos como uma necessidade intrínseca. É uma forma de expressar nossos sentimentos, desejos e sensações, algo profundamente enraizado em nossa natureza humana. Essa expressão artística remonta aos tempos dos homens das cavernas, que, embora não soubessem conceituar a arte, sentiam uma imperativa necessidade de deixar suas marcas nas paredes, revelando seu ímpeto criativo. É verdadeiramente emocionante quando um autor ou diretor compreende essa essência humana e aprofunda-se no significado da arte em suas obras. É como testemunhar uma carta de amor ao cinema, uma declaração de afeto à forma mais pura de expressão artística. Sendo assim, Yamada, em "O Deus do cinema", tece uma poesia romântica tão bela que nos cativa profundamente. Ele mergulha em sua lente e compartilha conosco sua própria jornada, onde o cinema transcende a mera tela para tornar-se um meio de conexão espiritual e emocional.


Yamada revela seu próprio amor ao cinema, tratando-o como uma entidade especial, quase divina. Ele entende que o cinema possui o poder de iluminar a subjetividade da arte, aquecendo a alma e transportando o espectador para mundos imaginários e emotivos. É como se o Deus cinematográfico, como Yamada o descreve, estivesse sempre presente na narrativa, trazendo transformações e despertando emoções nos personagens e também em nós, espectadores. Nesse contexto, o cinema de rua exerce um papel transformador, aproximando pessoas, reavivando antigas amizades e dando luz a roteiros antigos que, por sua vez, inspiram jovens como Yuata a viverem a arte com paixão e entusiasmo. É fascinante testemunhar como o cinema, personificado como o Deus supremo da arte, é capaz de realizar desejos, como o último pedido de Goh, reforçando a crença na magia que emana dessa forma de expressão.


Diante de toda essa admiração, se assim o Deus do cinema me abençoar, que essa magia possa me acompanhar eternamente, seja no plano físico ou além, na dimensão espiritual. É um desejo de imortalizar o amor pela arte, pela expressão que transcende o tempo e as fronteiras, deixando uma marca inextinguível em nossa alma, para sempre conectados à grandiosidade do cinema e à sua eterna fascinação. Para que assim, como Goh, eu possa partir feliz.


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