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Crítica | A liberdade é azul

Foto do escritor: Caique HenryCaique Henry

Atualizado: 14 de fev. de 2024


Tive a felicidade de estudar um pouco sobre o comportamento humano, pude então perceber ainda mais como somos seres feitos para arte. Nossa complexidade, por exemplo, é tão bela que se torna poética. Somos cheios de vida e sentimentos. Somos dor, alegria, solidão, prazer, ordem e caos. Tem como não ver beleza nisso?

Certa vez comentei como sou apaixonado na arte melancólica, essa arte que fala da dor. Eu vejo certa beleza nesses sentimentos "negativos", afinal a tristeza é o maior potencializador da arte — a partir da dor que criou as coisas mais lindas. Afinal, somos ensinados a ser felizes, o que faz que nos acostumamos com esse sentimento. Mas, com a dor é diferente, somos ensinados a reprimi-la, então quando encontramos a arte, encontramos a liberdade. É sincero e real.

Diante disso, Krzysztof faz um filme complexo em forma e conteúdo, uma complexidade que beira o humano, ou seja, belo, tolerado, poético e vivo. "A liberdade é azul" é um relato sincero sobre a vida de quem perde tudo, sobre luto e depressão. Sua câmera diante de Julie é verdadeira, seus planos são tão cheios de poesia que parecem tocar em nossa alma. Julie parece um fantasma "espectrando" por uma Paris mundana, como um fantasma em busca de concluir seus objetivos em vida. E por vezes, mesmo que essa missão seja concluída a solidão ainda permanece. Viver é complexo. Que filme poderoso! A cena final com aquele olhar solitário com as cores frias entrelaçadas em contraponto com a trilha que transborda amor e esperança.



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