A melhor experiência da minha vida! “Um dia”, meu primeiro romance romântico e não poderia começar melhor. Uma obra que pra mim revoluciona no mundo dos livros, algo diferente de tudo que eu já li — sua estória sai da mesmice ao mesmo tempo que abraça-se a certos clichês (que funcionam). Um dia traz consigo um romance que se aproxima da realidade da vida, sem amores eternos, sem aquela falsidade da vida feliz, apenas a dor e o sofrimento verdadeiro de amar e ser adulto. Esse livro escrito pelo talentoso David Nicholls versa de certa maneira sobre filosofia existencial (a constante busca por identidade) e a filosofia do amor de Rousseau (aquele que diz que o amor é uma necessidade social). A escrita de David é moderna e jovial, fazendo com que você leia por horas sem nem mesmo perceber. Os personagens criados por ele são tão verdadeiros que é impossível não gerar identificação — no meu caso Emma foi a pessoa que mais me aproximei — cada um deles tem sua particularidade e isso é magnífico.
Emma é uma mulher forte, inteligente e imponderada, mas tem como principal defeito a sua falta de confiança. Emma é uma personagem que questiona muita o seu ser e sua existência, ela exemplifica o que todo jovem adulto passa nesse período de transição da adolescência pra vida adulta. Ela gera um choque muito forte em nós! O Dex é esse homem autoconfiante por fora, mas destruído por dentro, um exemplo de alguém que sempre teve tudo mas nunca teve nada. Amar pra ele é um desafio (não é pra todos?), ser ele é um fardo. David cria personagens da vida, pessoa de verdade que questionam o seu ser e sua existência.
Se toda história tem uma moral, aqui essa mensagem seria que nem toda história de amor é eterna ou repleta de “felizes para sempre”. O amor é falho, é sofrível, mas é ao mesmo tempo gostoso de viver. É um relato que nem todo amor é pra nossa vida e que devemos aproveitar o máximo que pudermos daquele amor, pois um dia ele pode vir e simplesmente partir.
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