Top Gun: Maverick” não foge muito das estruturas de roteiro de seu antecessor, na realidade é até difícil pensar em um enredo totalmente novo para essa história. Top Gun é simples e o simples também funciona.O roteiro é respeitoso o suficiente para não abandonar tudo que aconteceu em 86 e habilidoso o suficiente para não abusar do passado.Essa união facilita muito a abordagem dessa sequência, que não precisa exagerar em sua trama, fazendo com que outros elementos ganhem mais destaque, como a Mise-en-scène de Joseph Kosinski, digna de um verdadeiro blockbuster.
Joseph tem uma decupagem bastante estilizada com grandes movimentos de câmera, enquadramentos e close-ups que evocam o emocional dos personagens e que geram adrenalina nas cenas de ação.A montagem é ritmada como se seguisse a frequência das aeronaves, é uma montagem rápida mas que não te desconecta em momento algum. O que Joseph faz nas cenas aéreas é formidável, ele prova que sabe como filmar um filme de ação.O interessante é que o filme consegue ser nostálgico (com elementos bem oitentistas) mas ao mesmo tempo ter uma abordagem moderna — como o conflito entre homem e máquina. Esse embate entre moderno e clássico torna o filme mais apreciável por todos, desde aqueles que cresceram vendo Top Gun: Ases indomáveis aos que estão conhecendo.
Top Gun: Maverick leva as alturas todas as gerações, algo que vem se perdendo nos blockbusters atuais — afinal, ou são filmes de heróis que agradam uma massa jovem ou são filmes de violência gratuita que investigam as memórias dos mais velhos. No fim, Top Gun: Maverick repete as façanhas de seu antecessor, chegando para marcar uma nova geração de filmes de gênero.
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