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Crítica | Shinamarink

Foto do escritor: Caique HenryCaique Henry

Atualizado: 14 de fev. de 2024


Cinema é arte e toda arte é linguagem. Portanto, o cinema é um meio de comunicação entre a forma e o espectador. Em virtude disso, Skinamarink é um filme que cria o terror por meio de uma comunicação direta e extremamente sensorial.  O terror está nos estímulos gerados pela câmera, pelas sensações experimentais da imagem — vejo muito esse filme como uma obra de experimento mesmo, como se o diretor estivesse fazendo um trabalho para a faculdade sobre linguagem e forma cinematográfica.



Comunicação é quando o emissor (a tela) transmite ao interlocutor (espectador) uma mensagem. Essa mensagem é a forma que o diretor dita o medo, por exemplo, o desconforto dos enquadramentos — a maneira que ele posiciona a câmera é antinatural diante da perspectiva humana, logo, nosso consciente entende aquilo como “errado” e renega-o — ou como ele utiliza o som e seus ruídos, ora estourado, ora abafado quase imperceptível (mais uma vez o antinatural).


Tudo isso funciona muito bem, fazia tempo que não me sentia assustado e desconfortável desse jeito. É um filme que explora a mente, a imaginação e o olhar — quem nunca “alucinou” ao observar o escuro por tanto tempo? Gosto de como o diretor cria esse mundo no nosso imaginário, afinal a gente tem uma sensação constante de que existe algo dentro da escuridão ou até mesmo no extra campo — quando ele filma o teto e escutamos alguém andando por fora da imagem é simplesmente aterrorizante. Kyle Edward trabalha com o medo mais antigo da humanidade: o desconhecido. Aquilo que nos deixa vulneráveis como crianças na escuridão. Skinamarink é uma experiência cinematográfica gostosa e assustadora, prepare-se para acender as luzes.


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