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Crítica | Super Mario bros. O filme

Foto do escritor: Caique HenryCaique Henry

Atualizado: 14 de fev. de 2024


Hollywood nos últimos anos vem se aproveitando bastante de alguns subgêneros, como as biografias musicais e os super-heróis. No entanto, o cinema baseado em jogos de vídeo game vem cada vez mais crescendo na indústria — Sonic, Detetive Pikachu e Uncharted são ótimos exemplos. Sendo assim, num contexto que coloca Super Mario Bros como o jogo mais importante, impactante e popular da indústria dos vídeo games, seria difícil não acontecer uma adaptação. Ignorando a bomba que foi o live action dos anos 90, Super Mario Bros o filme, traz a verdadeira franquia de videogames para as telonas, repleto de referências e diversão.


Super Mario Bros é, acima de tudo, uma carta de amor aos fãs do jogo, é a representação fiel da tradição dos irmãos encanadores, uma mistura entre nostalgia e aventura. Apesar dos Easter Eggs sustentarem-se bem por boa parte do filme, me parece também que em muitos momentos são utilizados sem nexo nenhum para a construção narrativa, apenas para fisgar a nostalgia do espectador. Em virtude disso, seu maior erro é tentar agradar aos fãs o tempo todo, é natural que vejamos referências em uma adaptação, porém, essa nostalgia acaba se tornando o elemento principal para o “funcionamento” do filme — quem nunca jogou o jogo pode sim se divertir, sobretudo, as crianças, mas acredito que o principal objetivo é atingir aqueles que tanto amam o Mario, distanciando, portanto, os que nunca jogaram.



Não é de hoje que Hollywood tende a exagerar nas suas “fórmulas” financeiras, sempre que a validade de um acaba, outro logo surge — a fase dos super-heróis, por exemplo, passou, agora é a vez da nostalgia. Seja o retorno de franquias antigas como Indiana Jones e Jurassic Park, ou obras com uma quantidade massiva de fãs como Harry Potter, Hollywood entendeu o poder da nostalgia e sem sombra de dúvidas abusará disso. O problema não é a nostalgia em si — afinal existem filmes que sabem abordar a nostalgia sem se apegar demais a ela, como Top Gun: Maverick — mas a forma em que ela é usada em algumas obras.


Diferentemente da franquia de jogos, o filme não tem nada de revolucionário ou inovador, pelo contrário, sua narrativa é simples e acelerada, dando pouco espaço para o desenvolvimento de seus personagens. Apesar disso, Super Mario Bros traz uma grata surpresa, a princesa Peach, ela é sem sombra de dúvidas a personagem mais divertida do filme. Durona, e uma líder nata que de indefesa não tem nada! Gosto da beleza gráfica de Super Mario, uma animação repleta de cores vivas que inconscientemente mexem com o espectador gerando sensações positivas como alegria, além do som e da trilha sonora que empolga qualquer um. Super Mario Bros é, portanto, um passeio absolutamente delicioso, alegre e mágico, para quem é fã, esquecendo totalmente do público “comum”.


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