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Crítica | Guerra do amanhã

Foto do escritor: Caique HenryCaique Henry

Atualizado: 14 de fev. de 2024


É pertinente observarmos uma certa gamificação nos blockbusters atuais. São filmes que buscam imersão fantástica e ação semelhante (na medida do possível) a dos videogames. Filmes como Gravidade, No limite do amanhã e o próprio Guerra da manhã são exemplos de tais filmes.

Portanto, a forma de decupagem de Chris Mckay muito se aproxima desta estrutura, sua câmera que corre e se esconde pelo ambiente traz uma imersão até interessante. Em certas cenas somos apresentados a uma câmera subjetiva, ou seja, enxergamos pelo olhar do personagem - técnica essa que usada em filmes de ação trazem uma verossimilhança com jogos de "FPS".

Entretanto, o longa vive de lapsos, sem definir-se. Sua identidade baseia-se em uma mistura de temas e de vários filmes; o que não é um problema, tendo em vista que a arte é um roubo e a ressignificação da obra. Porém, Mckay não foi capaz de ressignificar sua arte e muito menos desenvolver seu conteúdo. Aparentemente, o filme tenta falar de temas mais sérios, como quando fala dos traumas causados no homem pós-guerra (algo muito comum nos Estados Unidos moderno e pós-moderno) , ou quando Versa sobre a crise climática global. São temas apresentados como ponto chave, principalmente nos primeiros 40 minutos de filme, mas banalizados nos minutos seguintes.

Guerra do amanhã ao menos nem se aproveita do CGI para assumir uma identidade ficcional, o longa se assume como sério, mas acaba desenvolvendo todo o clímax por meio de um nerd do ensino médio e não por um PhD. O longa passa seus 2 primeiros atos inteiros abordando temas significativos, apresentando um drama paternal interessante, mas finaliza seu terceiro ato de forma tão genérica (com direito a uma luta corpo a corpo ridícula). Assume um papel sério e realista mas se contradiz no desenvolver da estória. No fim, Guerra do amanhã, acaba sendo mais um Blockbuster que pensa apenas em pirotecnia sem sentido.


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